Minha terra tem Palmeiras, que me encanta e me fascina. Que traz de ontem as glórias do sempre, marcando perceptíveis passos que se encaminham à vitória.
E a marcha desses passos, às vezes trôpegos como agora, só quedam para crescer com força, energia revitalizada no manto verde sagrado do Palestra Itália...
Dobramos os joelhos, sentimos o cheiro da grama triste a encher nossas narinas com uma dor mais atroz que a pior das dores atrozes nunca dantes vista, sentida ou imaginada.
E se nos partimos ao meio na tragédia anunciada, e se em cada metade que fica há fogo verde de esperança, viramos cinza ressecada pelo tempo, e das mesmas cinzas ressurgimos em passo de gigante.
Nossa queda é sempre gigantesca porque só um gigante pode cair com gigantismo. Mas os nossos voos são de colibri altaneiro, verde-sonho da esperança reconquistada na verde grama de nossos suspiros mais sublimes...
E o gol volta com força, e o grito escapa da garganta e podemos dizer de peito aberto: " O Verdão voltou... O Verdão voltou".
E voltou, sem mesmo ter ido. Pois para quem vai há sempre uma volta, mesmo que tenha ido sem mover palha alguma para estar ali...
E não nos esqueçamos: O Verdão é um grande rio que por onde passa, deixa também , amontoados, resíduos nocivos ao longo do seu curso, porque quem está conosco fica até o fim, e quem não está, abandonamos em cada margem de nosso roteiro, para que seja esquecido para toda a eternidade.
Assim seja...