Um blog para exaltar o meu Verdão. E não só exaltar, mas também aliar poesia e bola, bola e poesia. E só. Não só. Cornetar também, quando necessário.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O "Noves Fora" é sempre zero...

Debate é bom, faz crescer. As ideias se descortinam e desdobram novos horizontes. Porém, a passionalidade atrapalha e leva ao extremismo. E todo extremismo é perigoso, machuca, faz sofrer. E às vezes faz sofrer até aqueles a quem não se quer fazer sofrer. É nesse momento que o freio da consciência, o chamado exercício da tolerância,  deve ser praticado com todas as forças.

Tenho medo das ditaduras. Sejam de esquerda ou de direita. Também tenho muito medo da verdade absoluta nas mãos de alguém que não prima por ser absoluto. E explico: não é a minha área, mas apolineamente lanço mão da velha matemática para exemplicar o meu raciocínio, a prova dos nove.

Sim, a velha prova dos noves...

Nela,  quando as parcelas somam 9, tudo fica zero. Noves fora igual a zero. Isso configura a ditadura dos números. E toda ditadura é um extremo, e todo extremo não permite a versatilidade do bom senso. Por isso, no debate das ideias a prova dos noves pode ser significativamente malévola para a trajetória da tolerância.

E os que não são tolerantes acabam atirando no próprio pé pelo tanto de tiros que aplicam no escuro. Exemplo clássico: Diego. Um "fora Diego". Mas  não é um só "fora Diego". Antes, "fora Love". E com certeza, no mesmo espírito dessa passionalidade, logo ali na frente "fora Clayton", "fora Lincoln", assim como já ouvi discretamente alguns "fora Pierre".  Confesso que já estou com medo de  um "fora Kleber".

Se as coisas não dão certo, somam-se essas circunstâncias e quando chegam a nove, noves fora, e engolimos mais um zero na nossa extensa lista de nulidades. E o que se ganha com tudo isso? Nada. Usamos um velho método matemático de conferência de operãção para obtermos uma soma que não soma, e se soma, a soma é nula.

Assim , dá medo de  um "fora Felipão". Dá medo de um "fora Valdívia". E contra esse medo é necessário gritar. Mas gritar o quê? Gritar o inverso: "Fica Diego". E nesse "fica Diego" a soma de outras vozes, muito mais que nove vozes, muito mais que nove gritos.

Porque na matemática de um palmeirense que nasceu apenas para torcer,  "noves fora" são apenas números dançando ao som da passionalidade extrema. E essa dança eu não danço, porque da arte que destrói eu não entendo a rima...


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Porcus Alegris no crepúsculo dos talvezes...

O Gladiador voltou. Para a torcida palestrina, na verdade essa é a grande notícia de 2010. Kleber volta com sinônimo de raça, de valentia, de guerreiro, de gladiador para glória do Verdão. E volta como sinal de esperança, de redenção para o time em campo e de redenção também para essa diretoria comandada por Belluzzo.

Com Kleber, renascem os sonhos de um grande time ainda em 2010. Talvez Valdívia, talvez Felipão. Talvezes que podem realmente se tornar realidade agora pois Kleber já não é mais nenhum talvez. Kleber é concreto, é palpável... O gladiador, cotovelo de ferro,  está de volta para impor o medo que faltava nas defesas cocotas de nossos adversários.

Talvez Felipão. Venha Felipão. Não temos técnico. No jogo contra o Fla perdemos de 1 a 0 porque simplesmente não temos técnico. O de plantão, menos ainda que qualquer estagiário, numa invenção sem tamanho, faz queimar promessas em campo, tirando dele os armadores Xavier e Lincoln para ficar com três volantes, o que promoveu uma chuva de ligações diretas defesa-ataque com um ataque que pouco tem de ataque. E no contra-ataque...a redundância do velho clichê do futebol.

E aí "porcus tristis" novamente. Que nada! "Porcus Alegris". 

O gladiador voltou e já não é nenhum talvez. Felipão, talvez. Valdívia, talvez. Como Kleber deixou de ser talvez, acredito que no verdão hoje canta o crepúsculo dos talvezes. E no fim dos talvezes, a volta de Valdívia - que nunca deveria ter ido - e o retorno de Felipão, que foi querendo voltar...

E querendo voltar, volte Felipão. Venha com tudo, com Valdívia a tiracolo e vitórias de montão.
 
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