Um blog para exaltar o meu Verdão. E não só exaltar, mas também aliar poesia e bola, bola e poesia. E só. Não só. Cornetar também, quando necessário.

sábado, 10 de abril de 2010

Há que SER e há que ESTAR #Palmeiras...

O Palmeiras é imponente, mas não está imponente. É verde, mas não está verde. É forte, mas está fraco, é guerreiro, mas está covarde, é vencedor, mas está vencido, é sonho, mas está pesadelo.

O Palmeiras precisa SER e ESTAR  ao mesmo tempo. E não há lugar para outro tipo de constatação na lógica do nosso mais obscuro palestrino. Viver das glórias do passado não é exatamente aquilo que a maioria absoluta de nossos torcedores está querendo neste momento, muito embora essas mesmas glórias  tenham feito um Palmeiras grande, vitorioso, poderoso, portentoso.

Claro que o amor palestrino ao seu clube é infinito e independe inclusive de resultados, mas não se suportam mais as himilhações a que somos submetidos na rua, na TV, nos jornais, no trabalho. Olham-nos com uma ironia profunda, tratam-nos como os últimos descendentes da viúva porquina e regozijam-se pelas nossas desventuras num campeonatinho made in coxas...

E isso precisa mudar. Não adianta simplesmente o Belluzzo  passar pelo Mustafá sem cumprimentá-lo ou este àquele. Não adianta o Belluzzo chamar a oposição de "bando de pilantras". Oposição existe para se opor, e quando o trabalho realizado pela situação reduz-se àquilo que um bichano enterra, essa oposição fica ainda mais facilitada.

Quem erra tem de ouvir quietinho as críticas e tentar corrigir os rumos. E é isso que a atual diretoria tem de fazer agora. Respeitar seus críticos, entender que as vozes que se levantam contra a atuação do time estão cobertas de razão e encontar uma solução para esse impasse sem se deixar levar pela acomodação. E saber que  ainda dá tempo para ser competente. Que ainda dá tempo para salvar o ano. Porém, isso só pode ser efetuado com uma ação planejada para vencer esses revezes que insistem em aportar pelos lados do Palestra.

 E parar com essa falácia de creditar ao campo do  sobrenatural os infortúnios que o time vêm vivendo. Falta de vergonha na cara não é urucubaca, é ausência de caráter. Sonolência em campo não é feitiço, é ausência de profissionalismo. Jogadas encetadas e concluídas com efeito perna-de-pau não se resumem em bruxaria, mas em grossura das mais grossas mesmo. Enfim, se não há mágica que explique a nossa desnorteadora situação, também não será preciso nenhuma outra espécie de magia para que saiamos dela.

Assim, o Palmeiras que É Palmeiras precisa ESTAR Palmeiras. É imponente e tem que ESTAR imponente. É vencedor e tem que ESTAR vencedor. Para isso, o treinador tem que realmente treinar o time e escalá-lo corretamente de modo a que estejam em campo 11 contra 11. A diretoria não pode mais errar e  tem de dirigir o clube eficientemente sem  se deixar influenciar pela raiva contra sua oposição, interna ou externa. E os jogadores tem que jogar. Lembrar que são grandes quanto a equipe que os paga regiamente, deixar de dormir em campo, criar vergonha na cara e produzir o que todos esperamos.

E a nós, torcedores, cabe torcer. Torcer forte. Gritar o tempo inteiro as cores do nosso time e dizer: "Nós somos Palmeiras. Nós estamos Palmeiras e seremos sempre Palmeiras". Com a  corneta sob as axilas. Se precisar, corneta neles. E temos dito.
 
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