Um blog para exaltar o meu Verdão. E não só exaltar, mas também aliar poesia e bola, bola e poesia. E só. Não só. Cornetar também, quando necessário.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Chuteira amarela quem será o dono dela?

Sim, meninos...Meninos, eu vi.
E queria não ter visto. O Robert com aquela chuteira amarela é dantesco. Não por causa da chuteira amarela, mas pelo amarelo de seu futebol mínimo, quase nada, ou nada simplesmente.

Estive no Palestra para ver ontem, 17.2, esse jogo com o São Caetano. E estive ali sem muita esperança, mas ainda um tanto otimista com a possibilidade de enfim o time deslanchar. E se possivel com uma goleada.

Mas não uma goleada nas costas, como tomamos. Levar 4 a 1 do São Caetano nessa altura da competição é muito mais que dantesco. E a chuteira amarela do Robert ficou dançando nas minhas retinas e na minha inspiração noite afora, penetrando na alma e produzindo mais uma vez aquela dor que já estamos acostumados a sentir.

Meninos, eu vi. Eu vi um time que começou jogando bem, ameaçando, partindo pra cima do adversário. Vi um Diego correndo de um lado a outro do campo, driblando, efetuando passes que morriam feiosamente na chuteira amarela do Robert.

E numas dessas mortes da bola, eu a vi reviver-se  num contra-ataque veloz do adversário, quando Diego deixa Robert na cara do gol, e a defesa chega na frente ajudada por uma previsível poça de água. Gol perdido, bola de volta, de pé em pé, na velocidade, e gol contra nós.

E aí começou a derrocada. Um segundo, o terceiro. E na etapa final, o quarto.

Meninos, eu não vi. Quando Robert perdeu aquele fatídico  gol eu já previa o contra-ataque fatal e fechei os olhos. Mas um palestrino ao meu lado viu. Viu o Robert perder o gol e o Diego virar-se para o Muricy  e abanar os braços, com desânimo.

E nesse abanar de braços, o contágio. Dali  pra frente, parece que as pernas de nossos jogadores grudaram-se no chão, pesadas, forçando a gravidade. E todos elegiam então naquele instante o homem da chuteira amarela como culpado.

Não, meninos. Robert não é culpado de nada. Não se pode exigir do pelado, do pé descalço, do braço nu, aquilo que ele não pode oferecer. Culpado é quem contrata jogador assim para jogar no Verdão. E mais culpado ainda é quem escala. Wendel  na esquerda é uma piada, Figueroa na direita uma aberração, e o Marcão desanimado é melhor  ficar em casa.

Mas o problema é que só o Robert estava de chuteira amarela. Mas a metafórica chuteira amarela também está aí, pronta para calçar diretor, pronta para calçar técnico, pronta para calçar presidente, pronta para calçar jogar que desanima, que desiste do jogo. Pronta para calçar quem  não gosta do Palmeiras.

A chuteira amarela quem será o dono dela?

E no domingo, meninos, atenção: ganhar do São Paulo virou obrigação. Ou não?


 
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