Um blog para exaltar o meu Verdão. E não só exaltar, mas também aliar poesia e bola, bola e poesia. E só. Não só. Cornetar também, quando necessário.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Líder, na cadência e no sossego...

Dentro de campo, há momentos em que o silêncio impera absoluto mesmo que na mais alta frequencia do rumor das arquibancadas. Esse é o momento solitário do jogador, em que ali sozinho em meio ao verde-palmeiras da grama, acompanhado apenas da mágica bola, ele se vira a contemplar o companheiro, e este ao outro, e o outro a mais um, e em fim da solidão do silêncio brota o ato do coletivo. É hora de cadenciar o jogo.
Bola de pé em pé, lenta, vagarosa, poupando fiapos da arena verdejante, poupando músculos de cada perna, poupando o ronco de cada fôlego, para enfrentar as agruras da próxima guerra. Esse é o momento em que a Razão substitui a Emoção porque o mais importante é garantir aqueles três tão desejosos pontos que levam um time de futebol ao ponto máximo da competição.
Ser líder é isso. Saber cadenciar o jogo, tocar a bola de pé em pé, fazer o tempo passar... Há momentos dentro de campo em que se requer essa circunstância tática com o fito de fortalecer a estratégia a longo prazo.
Ontem, o Palmeiras jogou assim. Alicerçado em um time misto de titulares, reservas e jovens promessas, a equipe protagonizou o necessário para vencer o jogo contra o Monte Azul e se isolar na liderança. E isso não é pouco. Isso é ser pragmático. Isso é ser vencedor.
A entrada de Edinho na zaga palmeirense praticamente blindou a nossa defesa e fez com que a equipe adversária pouco produzisse. E não se venha com o argumento de que o Monte Azul é um time fraco pois anteriormete essa mesma equipe já havia empatado com os gambás. Outro exemplo foi o novo empate gambático, também ontem, contra o Mirassol.
Em suma: não existem equipes fracas no Paulistão. O que existe é planejamento. Time que planeja vencer e que possui os dotes individuais que se transfiguram num coletivo consciente de sua própria força, vai vencer sempre, desde que mantenha as devidas e corretas precauções.
Assim, precavido pelas ausências do poeta-mor desse time, o Diego Souza, e da liderança inconteste do milagreiro Marcão, o Verdão conquistou uma vitória necessária, tranquila e sossegada em função dos acirrados ânimos que se avisinham às vesperas da partida contra o Corinthians.
Por isso, não vi no jogo de ontem nenhum motivo para cornetagem. Nem do próprio Robert, que deve ter se enganado de palavras ao criticar a atuação das promessas Gabriel Silva e João Arthur, este último o melhor do nosso ataque nessa partida.
Agora é esperar. Os novos lances também ditarão outras considerações...
Ou ratificarão estas.
 
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