Um blog para exaltar o meu Verdão. E não só exaltar, mas também aliar poesia e bola, bola e poesia. E só. Não só. Cornetar também, quando necessário.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Um pino que é vinte e o fino da bola...

Minha filha são-paulina, sempre tão afoita a secar o meu Verdão, demonstrou-se apática no pré-jogo da segunda do Palmeiras contra o Sertãozinho. Disse que estava indiferente ao resultado e falou assim de um modo tão desprentensioso que quase acreditei nela. Foi como se ela afirmasse: "não se bate em cachorro morto".

Cachorro morto o catzo. Meu Verdão, que além de meu, também o é de quase vinte milhões de outras almas esmeraldinas, não morre nunca. E cachorro não é exatamente o bicho que se enquadra ao Palmeiras. Se atentarem para outro parque, saberão claramente de que tais cores estou falando e de qual cachorro.

Detalhe: ela foi dormir mais cedo e nem viu o Verdão ganhar de forma heroica do grandioso, portentoso, poderoso Sertãozinho por 3 a 2, depois de estar perdendo o jogo até os 38 minutos do segundo tempo, quando enfim Xavier foi feliz numa finalização e decretou o empate, propiciando-nos um sofrimento ainda maior nos minutos finais da partida, dada a nossa ânsia de querer vencer o jogo.

Sofrimento sim, pois no meio do nosso caminho não tinha uma pedra, como diria Drumond. Mas tinha um poste, como sempre dizem alguns, e tinha um cone, como dizem outros. E um jogador que esportivamente falando não concentra em si mais que 20 neurônios, e que realmente é um Vinte, camisa 20, e Vinte, aquele pino do jogo de malha que só se mexe para cair quando o ferro lhe bate em cima.

Pois é! Um fino sem bola, um pino que, além de não fazer o que é necessário fazer, ainda atrapalhou o companheiro Danilo na hora de um  gol mais feito que o próprio efeito de não ser gol. Haja coração. O jogo por um fio, a esperança por um fio, a classificação por um fio, e o desperdício grassando na maior das linhas sem fio.

Sem fio de liga. Desesperador. De arrancar os cabelos. Um fino sem bola. E um fino da bola. Xavier enfim, nos descontos desconta a nossa amargura e nos dá a suada vitória.  E estamos vivos. Sem ser cachorro. E muito menos morto. Que catzo.

Um tributo ao cone. Um tributo ao poste. Um tributo ao vinte. Camisa 20. Que acinte!!!


 
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