Um blog para exaltar o meu Verdão. E não só exaltar, mas também aliar poesia e bola, bola e poesia. E só. Não só. Cornetar também, quando necessário.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Soneto verde - a vela 96

Palmeiras de palma e pé, Palmeiras de pé e palma...
Um grito que gritam em rito, um sonho em ramo alto.
Palmeiras do verde ramo, um ramo de verde calma
Se a vida é um curto ciclo, meu verde é puro salto.

Palmeiras de santa bola e bola-bola de santos arcos
Se tens um mago no meio e tens na  frente um gladiador
Palmeiras, palestra verde,  tens então um tal de Marcos
Que santo um muito tanto fecha sempre o nosso gol.

Palmeiras de sonho e festa numa festa que fecha em glória
É um verde de Ademir, de Carabina e Chevrolet
Cada um com seu quinhão construindo  a tua história

Palmeiras, palestra em festa, e em festa  mais uma vez
De um a onze de tempo a tempo todo verde hoje é
Aquele que sopra a vela, a vela noventa e seis...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

3 a 0 para @DannyPalmeiras

O Palmeiras joga eu chego e digo: "Vamos ganhar hoje". Danny pergunta: "De quanto?". A minha resposta: "3 a 0". O jogo acaba. Palmeiras perdeu ou empatou. Se foi vitória, magreza explícita. Faz muito isso. 2010 repleto disso.

Vem outro jogo. Eu digo: Palmeiras 3 a 0. Danny sorri cética. Novamente a paulada. Empate, derrota ou vitória magra. E ela: "Para, pai..Para de falar 3a 0. Você não acerta uma".

E não acerto mesmo. Jogo após jogo eu insisto nos 3 a 0. Danny reclama e eu só sei retrucar: "Um dia, acabo acertando.."

E os dias se passam, o Verdão joga..e não joga.

Vem o Felipão.

"Agora vou emplacar um 3 a 0". Grande engano. As coisas não dão certo.

O time não se articula, as jogadas morrem antes de serem criadas. E eu ali: "Hoje vai ser 3 a 0".

Mais uma vez, neca. Neca de pitibiribas..."Mas um dia acabo acertanto", digo pra mim mesmo porque não tenho mais pulso para manifestar isso para a Danny.

Até que...

Até que vem um Vitória e Palmeiras. Crio um pouco de coragem e emplaco novamente um 3 a 0 para o Verdão. Dá 2 a 0 para o adversário. Danny já nem me encara...

Mas aí é que está. A partir daí, só um 3 a 0 salva.

E vem Palmeiras e Vitória. O jogo da volta. Desânimo de Danny. Titulares fora. Valdívia fora. Lincoln fora. Kleber fora. Desânimo de Danny. Eu cravo: "3 a 0 para o Verdão". Não preciso nem descrever a expressão de Danny.

"Um dia acabo acertando. Quem sabe não é hoje?"

Sim, foi hoje. Ou melhor, foi ontem. Com dois de Tadeu e um golaço de Assunção, a redenção. 3 a 0 pro Verdão. 3 a 0 pra Danny. Olho e vejo agora seu olhar de satisfação...

E o meu, então...?




quarta-feira, 11 de agosto de 2010

80 volantes e tudo igual que nem antes...

Que nem...
Que nem é bom, né? Não poderia ser igual a? Sim, igual a...
Igual ao que era antes. Um amanhã que nunca chega, e quando chega é ontem...

Mais uma derrota. 2 a 0 em pleno Barradão contra o Vitória? Contra? Não...Pareceu-me que o Palmeiras jogou a favor. A favor do Vitória e não em busca de vitória. Vida inglória...

Sem time. Felipão olha para seu time e não tem time. Então apela para 80 volantes. E 80 volantes trazem o time de volta ao que era antes. Sem vitória. Mas ante o Vitória. E desta feita até sem empate, que está vindo apenas quando é nocivo.

Um lembrete. Pequeno lembrete. Tem mutreta aí. Mutreta demais e pé de menos na bola. Carambola. Isso bitola. E salve o Deola.

E me erre. Duas vezes. Meia bola. Ao quadrado. Me erre? Não...Pierre. Noves fora? Pierre...chegou sua hora. Um pouco de banco é talvez o que sobra.

E de sobras, pouco resta senão a tristeza. Que beleza. Como se a vontade de sorrir não fosse mais que uma mera esmola.

Porém, dias melhores virão, dirão os que como eu curtem o otimismo do ótimo sempre a seguir. E seguindo, a bonança virá, pois clichê sim, mas não há tempestade que dure pra nunca terminar...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

É o milagre que faz o santo...Parabéns, Marcão.

Um santo faz milagres. Transforma água em vinho, restitui visão a quem não enxerga, faz andar os paralíticos... Longe de mim qualquer comparação com esses santos, mesmo porque eles fazem milagres. Primeiro o santo.

Como o ovo e a galinha. Primeiro a galinha.

Embora uma afirmação dessas ainda gere muita controvérsia.

Com o santo  Marcão  é diferente. Não há controvérsia. Os milagres vieram primeiro. Os milagres fizeram o santo. No campo de jogo, seus lances geniais em defesa do Verdão do Palestra Itália usurparam o conceito de arte e o suplantaram, emergindo da classe dos artistas para a dos divinizados. Marcos então, deixou de ser um artista da bola para ser o santo dos lances impossíveis.

Sim, porque fazer arte implica em uma atuação próxima da impossibilidade plena. Mas milagre entre as madeiras do arco palestrino suplanta em muito essa impossibilidade. Marcão realiza o impossível mesmo diante da mais possível impossibilidade. E essa possível impossíbilidade tornada possível pelas mãos milagrosas do Marcão formalizam-no  um santo do futebol.

E esse santo por mais santo tornado é também o homem da labuta diária, o que olha, o que sente, o que vê, e que mesmo imortal enquanto santo é homem que também circunda o derredor do tempo e avança nele como qualquer outro.

E assim, Marcão além de milagres no gol, além dos atos como santo verde, também é um homem comum, com os deveres, obrigações e direitos de um homem comum. A diferença é que Marcão transforma essas atribuições comuns em energia transfigurada que o segrega dos simples mortais e o imortaliza no divino homem das mãos ligeiras.

Mas esse santo Marcão é também o homem Marcão. E faz aniversário. Como todo homem comum. E nesse dia, como homem comum recebe os parabéns de todos os comuns. Parabéns, Marcão. Parabéns pelo ano a mais na sua existência. Parabéns por mais um ano de milagres. Parabéns por mais um ano de santidade da bola.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

MORDAÇA PORONGA NENHUMA

Vira uma, vira outra e a mídia antipalestrina encontra subterfúgio para querer embolar o meio-campo dos bastidores do Palmeiras. Agora aparecem com essa de criticar aquilo que chamam de "lei da mordaça", segundo a qual nossos jogadores ficam proibidos de falar à imprensa no pré, inter e pró-jogo, por ordem do treinador Felipão.

Se esses pseudos formadores de opinião quisessem realmente trabalhar uma informação verdadeira perguntariam ao próprio Scolari sobre a questão ou então consultariam o site do Palmeiras onde o treinador fala sobre o assunto e repele toda e qualquer mordaça obrigatória.

"Aqui não existe lei da mordaça. Não proibi ninguém de falar, apenas RECOMENDEI que não falassem após o jogo (...) Nada de mordaça, apenas bom senso, como existe em outros lugares" - declarou Scolari ao site,  em curto, grosso e produtivo som.

Na verdade, isso que está deixando alguns jornalistas enfezados com o Felipão não passa de uma farsa criada para desviar a atenção dos acertos do Palmeiras no atual momento. E usam de luva de pelica. Acariciam com uma mão e batem com a outra, até porque não têm coragem de só bater em função do medo que sentem do nosso treinador.

E essa má vontade com o nosso time não é de hoje. Factoides e mais factoides faz tempo que são ventilados na imprensa para provocar crise no Verdão, cujo interesse oculto pode oficialmente até se desconhecer a origem, mas com certeza se permite afirmar que tudo isso  faz parte de uma orquestração que palmeirense algum deixa de desconfiar de quem parte. E eu corto meu pescoço, mas não revelo a figura - ou as figuras. Até porque todo mundo sabe...

Um amendoim mais gordo.  Muito mais gordo. Mais velho. Mais parecido com um quibe. E Felipão sabe como tratar dessas "iguarias" rançosas, assim como Belluzzo que já tem toda sua artilharia armada para defender a trincheira palestrina, tanto contra os ventos de fora, quanto os de intramuros...

Assim, é preciso de uma vez por todas que se entenda que RECOMENDAÇÃO não é uma proibição, mas um argumento utilizado com intenção de resguardar os jogadores de uma declaração mais acalorada que possa prejudicar o declarante e até a própria equipe.

RECOMENDAÇÃO segue quem quer, e se a equipe com todos seus integrantes resolveu segui-la é porque aplicararam o livre-arbítrio, uma vez que alguns jogadores não gostam mesmo de conceder entrevistas e aproveitaram a oportunidade para deixarem o campo de jogo rapidamente.

Por isso, mordaça porunga nenhuma no Verdão. Valdívia vem aí e o gol será refrão... 




domingo, 1 de agosto de 2010

Fim de teste: Felipão já viu tudo.

O jogo contra o Corinthians deixou algumas considerações que merecem  ser destacadas.

No campo de jogo, percebeu-se que o meio-campo palmeirense, quando Lincoln sai, perde todo o poder de criação, deixando órfão o nosso ataque, que passa a sobreviver da ligação direta feita pelos nossos zagueiros e volantes. Mesmo assim, ele é o jogador que foi substituído em todas as partidas que Felipão dirigiu.

Pelo que correu e corre em campo, sua saída deve-se mais a um possível teste de Felipão nesse meio campo  para observar como a equipe reage sem seu melhor armador.

Se for isso, o nosso técnico já deve ter percebido que Lincoln não pode mais sair precocemente do jogo, a não ser que tenha algum problema físico mais sério que o impeça de aguentar os 90 minutos. O próprio Lincoln, porém, nas substituições anteriores, declarou que não estava cansado em nenhuma delas.

Com a vinda da Valdívia, com uma ou outra dessas situações levantadas, o problema acaba, pois Lincoln passa a ter um companheiro criativo no meio campo também com muita capacidade física para correr e preencher os vazios que hoje é feito quase que unitariamente pelo 99.

Outra consideração a ser feita com base nesse jogo em que empatamos por 1 a 1 contra o Corinthians é que o nosso gladiador, o grande Kleber, necessita de um companheiro menos afoito que o Ewherton, que parece não querer retribuir ao companheiro as bolas que recebe no ataque.

Tudo isso com certeza Felipão já detectou, e suas baterias devem estar voltadas para consertar os problemas que essas constatações acarretam no desenvolvimento de uma equipe que precisa voltar a ter confiança na própria capacidade.

No mais, mais uma vez o Verdão foi prejudicado. Levamos um gol com impedimento claro, sofremos dois pênaltis e marcamos um gol legítimo, embora alguns da imprensa queiram discutir com as imagens que a própria TV veiculou.

O resultado final não pode ser considerado bom, mas se foi  mais um teste para Felipão conhecer o time, não precisa de  mais nada. Esse jogo foi pródigo em dar sinais do que o Palmeiras é hoje. A atuação de Felipão daqui pra frente na certa fará do Verdão o que o nosso time verdadeiramente precisa ser.
 
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