Um blog para exaltar o meu Verdão. E não só exaltar, mas também aliar poesia e bola, bola e poesia. E só. Não só. Cornetar também, quando necessário.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Diego, poeta da bola...

Um poema se faz com palavras escritas e ditas. E para ser poema, essas palavras escritas e ditas são trabalhadas pelo poeta de forma a submetê-las a um malabarismo vertiginoso, combinando sons e significados plurais que produzem beleza e encantamento.
Pois é. Com a bola nos pés, Diego Souza faz poesia pura, arrancando um carinhoso ornamento do atrito daquela com estes. Daquela, a bola. Estes, os pés...
Oxalá alguns insensatos, que insistem cada vez mais em aumentar a própria insensatez, consigam tirar arte das palavras e combinar sons e rimas que consigam o encantamento necessário para vencer o concurso de samba no próximo e outros carnavais.
Diego Souza é um poeta e não precisava sê-lo por simplesmente jogar futebol. Agora os compositores daquela organizada têm obrigação de escrever e cantar uma melodia única, singular, insofismável...E assim, serem os melhores poetas da competição, sob pena da mesma pena a que são submetidos alguns jogadores palmeirense quando não cumprem bem a missão de poetar a bola...
E poetar a bola é tão difícil quanto articular rimas e sons num samba-enredo vencedor. Porém, quem poeta a bola é muito mais artista que quem poeta um samba, pois quem poeta a bola faz um samba com a bola nos pés, e quem meramente poeta um samba não sabe e nem entende o que é fazer poesia com uma bola.
Diego compõe mais que um simples poema com a bola. Diego compõe muito mais que aquilo que o próprio Aristóteles definiu como arte. A arte de Diego vence os insensatos. A arte de Diego enche os olhos de quem gosta de futebol orquestrado feito música. A arte de Diego é a própria música em forma de bola.
 
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