Um blog para exaltar o meu Verdão. E não só exaltar, mas também aliar poesia e bola, bola e poesia. E só. Não só. Cornetar também, quando necessário.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Chororô de cotovia é ovo...

A galinha quando bota um ovo ela canta desvairadamente, o que ocorre com a maioria das aves, umas com certo comedimento; outras nem tanto. De qualquer forma, são manifestações escandalosas, carregadas de aparato e de afetação.

No futebol e principalmente quando se trata de São Paulo FC, toda vez que ocorre um resultado adverso, essa afetação aparece em forma de choro. Haverá sempre um terceiro envolvido na má jornada do time, e para não variar, este é a figura do juiz.

No jogo de domingo, quando o Verdão numa jornada que honra suas tradições praticamente engoliu o adversário durante todo o tempo do jogo, vencendo por dois a zero, fora o olé, as reclamações começaram a aparecer de forma pipocada na mídia.

Reclamaram de um pênalti não marcado em Marcelinho Paraiba e da expulsão de Xandão, considerada punição em demasia. No entanto, foi  rechaçada qualquer anomalia na falta dentro da área contra Robert. Coisas do São Paulo. Os outros estão sempre errados.

Na jogada de Marcelinho Paraiba, este, de propósito, enrosca o  pé direito no calcanhar esquerdo do nosso zagueiro e se joga espalhafatosamente. Só não é considerado um lance normal  porque contorcionismo é modalidade circense e não de futebol.

Na expulsão foi uma disputa de corrida que Xandão perdeu para Eduardo, e na iminência de invasão da área, empurrou indubitavelmente o nosso lateral, que corria em direção ao gol. Quando se impede faltosamente a possibilidade de um gol, cartão amarelo, e ao ser o segundo, expulsão. Choro bobo.

Na falta em Robert dentro da área tricolina poder-se-ia até dizer que foi uma troca de empurrões a partir da entrada da grande  área, o que é normal num jogo. Mas na sequencia não é normal um jogador ser puxado dentro da área, cair em função disso, e o juiz não marcar.

Por essas e por outras, mais uma vez o chororô do São Paulo não comove ninguém, diferentemente da cotovia, que quando canta ao novo ovo, seu canto é mais que um choro. Assim, o choro de são-paulino não é nada novo, mas o chororô de cotovia é ovo.


 
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