Um blog para exaltar o meu Verdão. E não só exaltar, mas também aliar poesia e bola, bola e poesia. E só. Não só. Cornetar também, quando necessário.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Parabéns, Marcão...

Um santo faz milagres. Transforma água em vinho, restitui visão a quem não enxerga, faz andar os paralíticos... Longe de mim qualquer comparação com esses santos, mesmo porque eles fazem milagres. Primeiro o santo.
Como o ovo e a galinha. Primeiro a galinha. Embora uma afirmação dessas ainda gere muita controvérsia.

Com o santo Marcão é diferente. Não há controvérsia. Os milagres vieram primeiro. Os milagres fizeram o santo. No campo de jogo, seus lances geniais em defesa do Verdão do Palestra Itália usurparam o conceito de arte e o suplantaram, emergindo da classe dos artistas para a dos divinizados. Marcos então, deixou de ser um artista da bola para ser o santo dos lances impossíveis.

Sim, porque fazer arte implica em uma atuação próxima da impossibilidade plena. Mas milagre entre as madeiras do arco palestrino suplanta em muito essa impossibilidade. Marcão realiza o impossível mesmo diante da mais possível impossibilidade. E essa possível impossíbilidade tornada possível pelas mãos milagrosas do Marcão formalizam-no um santo do futebol.

E esse santo por mais santo tornado é também o homem da labuta diária, o que olha, o que sente, o que vê, e que mesmo imortal enquanto santo é homem que também circunda o derredor do tempo e avança nele como qualquer outro.

E assim, Marcão além de milagres no gol, além dos atos como santo verde, também é um homem comum, com os deveres, obrigações e direitos de um homem comum. A diferença é que Marcão transforma essas atribuições comuns em energia transfigurada que o segrega dos simples mortais e o imortaliza no divino homem das mãos ligeiras.

Mas esse santo Marcão é também o homem Marcão. E faz aniversário. Como todo homem comum. E neste dia, como homem comum recebe os parabéns de todos os comuns. Parabéns, Marcão. Parabéns pelo ano a mais na sua existência. Parabéns por mais um ano de milagres. Parabéns por mais um ano de santidade da bola.

sábado, 11 de junho de 2011

Amor de amar assim

Amor faz a gente cantar!
Dá sentido a qualquer vida
Faz o peito soluçar...
É como uma onda que desliza adormecida
Nos fortes braços do mar...


Amor é dar asas ao coração
E quem ao coração asas dá
Voa com os pés no chão...
Amor às vezes mais é paixão
Às vezes mais avassala o peito
É dor que dói e não tem jeito.

Amor não se impõe, acontece
Num simples encontro de olhar
E a vida é uma teia que se tece
E alguém dos dois pode não saber amar
É nessa hora, meu amigo, minha amiga,
Que o amor pode fazer chorar...

sexta-feira, 4 de março de 2011

Poema da mulher inteira

Realizaram um censo no mundo. E descobriram três mundos.
No da força bruta só homens e puros machos
No do conhecimento só puros machos e nada homens
No da sensibilidade só puros homens e nada machos.
Fizeram outro censo no mundo. E descobriu-se um novo mundo.
Força bruta com sabor de luta.
Conhecimento na luz do vento.
Sensibilidade em qualquer idade.
Fez-se um último censo no mundo. E descobriu-se um só mundo.
Onde o macho é também homem
Onde o homem é também macho
E onde mesmo que não seja macho não deixa de ser homem.
Pois fruto da mulher inteira, força bruta solidária
Sabedoria e emoção no todo da felicidade.

Mulher mais que mãe ou que amante é apenas a mulher com quem qualquer homem sonha.
Pois um homem sozinho é só força, só conhecimento, talvez sensibilidade.
E a mulher congrega tudo: sabedoria, emoção, vitalidade.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Um santo que volta, a bola mais solta...

Bola mais solta. De pé em pé numa harmonia que já passa dos 50% de exatidão. Acho que é assim: cabeça tranquila felicidade destila...E dá segurança. E se vê em segurança. Sim, é assim quando um time passa a ser um time e sabe a que veio, e sabe o que quer...

Devagar. Devagar com o andor que o santo é de barro.

De barro nada. Nosso santo não é um santo qualquer. É o São Marcos. Um Santo que volta com tudo. No olhar a força do salto, no salto a segurança felina, na fera a divindade do Santo. No arco, o rochedo que não deixa ricochetear a bola; no gol, a barreira que fecha o arco...

Um grande goleiro. O maior dos maiores de um time que está aprendendo a ser time. Um time que ouve o mestre e ouvindo o Mestre cadencia a bola, penteia seu orgulho e a embeleza com graça deslizante no verde verdejante que verte os velhos sonhos de um campo também verde de luar...

O grande Marcos está de volta e com ele também o futebol do maior verde do futebol. E o amor é assim. Se perdemos, e quando perdemos feiamente, nos indignamos mas o amor não tropeça e cai.  Se ganhamos e ganhamos belamente o amor é só pressa e cresce e vai...

Sim, devagar com o andor, porém o santo não é barro. Devagar com o andor, mas os passos agora já não são vacilantes. Sim, um passo de cada vez para que no coletivo dos passos esse avançar se perpetue  na qualidade que se anseia e se espera...Que linda Primavera.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Felipão e Rivaldo, o tamanho do estrago

Poucos torcedores do Palmeiras, talvez nenhum, têm entendido o motivo pelo qual Scolari rejeitou a contratação de Rivaldo pelo clube. E isso depois de inúmeras vezes e em vários anos seguidos o jogador ter declarado em alto e bom som o seu desejo de encerrar a carreira no Palestra.

Essa rejeição, por seu fator relevante em face da conjuntura atual por que passa o time, tem sido levada aos microfones e câmeras da mídia fofoqueira como resultado de uma grande ingratidão de Felipão para com Rivaldo, uma vez que este foi responsável pela indicação do treinador  para a equipe do exterior onde ambos trabalharam por algum tempo. Lá no Undé Quistão...

E muita gente ainda lembra que  até Ricardo Oliveira possivelmente tenha tido sua contratação vetada pelo treinador palmeirense na oportunidade. Veta Ricardo Oliveira. Veta Rivaldo, o original. Fica com Rivaldo, o fake. Fica com Dinei, também fake. E olha que ser genérico do Dinei, aquele, não é mérito para ninguém. Acho até que aquele tinha muito menos futebol que este. E este pra mim não joga nada. Portanto...

Bem, com tudo isso começam-se as especulações. Que acontece com Felipão? Está louco? Está gagá? Está sem sintonia com o futebol  brasileiro? Ou ele tem lá suas razões, as quais não pode explicar agora? Ou ele tem lá suas razões que se explicam por si, porém no tempo e nos locais certos?

A atuação de Rivaldo responderá a essas questões. No São Paulo. Se Rivaldo jogar ali um terço do que ele já jogou um dia, começaremos a perceber o tamanho do estrago que a atitude de Felipão provocou. Enquanto isso, não podemos esquecer também que só Felipão e Rivaldo sabem o que um poderia esperar do outro depois dessa temporada lá no... Num é, né não?


 
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