Perder de um a zero para a chuva não é nada. Perder para o Rio Claro, mesmo com chuva, campo encharcado, bola presa em poças e poças, é que é o pior. Mas o pior realmente pior, sem dúvida, é perder 3 pontos e praticamente ficar fora do chamado grupo que disputará o título.
Toda e qualquer desculpa não é desculpa. Toda e qualquer culpa é mais que culpa, porém não faz mudar o cenário que se avisinha. Estamos quase fora do G de Cima, mas pelo menos temos o conforto de saber que o nosso time é médio e não corre riscos de cair.
E isso a chuva nos provou. Ganhamos do São Paulo, em seguida do Flamengo do Piauí e já achávamos que tínhamos uma equipe que ia para as cabeças. Mas a verdade é que de equipe nosso time não tem nada. As águas da chuva apenas desnudaram de vez os nossos problemas e confirmaram aquilo que inconscientemente já sabíamos.
O nosso time é fraco, e às vezes joga como um emaranhado de jogadores que correm não se sabe para onde, menos para o lado lógico de cada situação que é o poder de ser equipe, de cada um jogar pelo outro.
E os jogadores tentam isso, mas esbarram nas próprias limitações. Então nada a reclamar do que temos, pois é isso o que temos. E essa oscilação constante nos nossos resultados é um predicativo de times médios, uma vitória aqui, derrotas e empates lá, e vamos indo. E claro que vamos indo a lugar algum, uma vez que é ali que dorme quem joga assim.
E durma-se com um barulho desses. Barulho de chuva, bom pra dormir. Mas dormir perdendo de 1 a 0 para o Rio Claro, mesmo com chuva, é deprimente. Por isso, chuva, deixe meu Verdão jogar, mas sobretudo, chuva, faça meu Verdão pensar, faça meu Verdão ser equipe, faça meu Verdão ser um time, porque o MEU Verdão não é só meu, é de milhões.
E sendo de milhões, mesmo com você, chuva, não dá para perder de quem não ganha de ninguém. Porque perder para que não ganha de ninguém é ser pior que ninguém. E isso dói. Para, chuva.